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A Argentina tem dado uma verdadeira aula de qualidade e ousadia em suas produções cinematográficas. Séries ou filmes como Nada, estrelado por Luis Brandoni e Robert de Niro, Meu Querido Zelador e tantas outras produções mostram que nossos vizinhos estão em um nível de excelência que merece destaque. Essas obras são a prova de que é possível entreter, provocar reflexões e emocionar sem cair em armadilhas panfletárias ou em discursos previsíveis.
Enquanto o Brasil insiste em remoer temas politicamente corretos, sempre com a tentativa de impor lições de moral, a Argentina parece ter superado a necessidade de vitrinismo ideológico. Lá, produções não têm medo de tratar o passado com ironia e de seguir em frente. A leveza e a autenticidade com que encaram a vida e a política tornam suas produções universais. Já por aqui, a indústria audiovisual, alimentada por recursos públicos voltados a propagandear o atual regime, não consegue sair do círculo vicioso de reforçar um revisionismo histórico que parece mais voltado a alimentar divisões do que a promover reflexões reais.
Esse contraste cultural não é por acaso. Enquanto enfrentamos um verdadeiro complexo de vira-lata, alimentado por uma esquerda que não se cansa de impor “a sua verdade”, a Argentina nos ensina algo poderoso: o passado deve servir como base para a construção do futuro, não como desculpa para estagnação ou para alimentar ressentimentos. É como querer mudar o hino rio-grandense enquanto problemas reais seguem sem solução — uma inversão de prioridades que só atrasa nosso progresso.
O exemplo argentino se estende além das telas. Sob a liderança de Javier Milei, o país começa a colocar a casa em ordem, rompendo com o ciclo de narrativas desgastadas que sustentaram o kirchnerismo. Milei encara os desafios com coragem, deixando claro que a política deve ser pragmática e focada no futuro, não presa a debates ultrapassados. Essa postura reflete diretamente na arte e no cinema, que, ao invés de viver no passado, projeta uma visão de mundo vibrante e atual.
Enquanto a Argentina segue conquistando aplausos pelo mundo, fica a lição para o Brasil: precisamos superar a obsessão ideológica, abandonar o vitimismo e entender que a arte e a política só prosperam quando olham para frente. Afinal, como nossos vizinhos nos mostram, a vida segue — e, com ela, a verdadeira evolução.
Leo Fonseca
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