Nunca um ditado popular foi tão atual como aquele que se refere a Deus e que este escreve certo por linhas tortas, pois com a ascensão da maioria da população cansada da bota estatal esmagando seu rosto no asfalto quente, extraindo dos impostos a riqueza fruto do trabalho de cidadãos e famílias, presenciamos a vida política do país funcionar como uma montanha russa, regado a fortes emoções.
A tomada das ruas por quem paga as contas da corrupção e toda a sorte de “mal feitos”, tem diante de si uma nova possibilidade de mostrar sua força no tabuleiro do jogo político no país, a medida em que está marcado uma nova manifestação para o dia 16 de março, onde o foco volta-se para a anistia dos presos do 8 de janeiro.
A mobilização agora toma forma no Rio de Janeiro, mas também há a possibilidade em São Paulo em abril, tendo em vista uma possível mobilização da esquerda contra a anistia e uma oportunidade de demonstração de força popular vinculada a direita, jogando sob o palco político novos elementos que demonstram o vigor já consolidado por parte dos conservadores brasileiros.
A proposta pretende livrar os condenados do 8 de janeiro que tramita na câmara dos Deputados em uma comissão especial, entretanto sem qualquer perspectiva de data para apreciação, sendo assim as mobilizações servirão como forma de pressão para parlamentares agilizarem os tramites necessários, visando a anistia dos condenados.
O Brasil precisa superar esta crise institucional, onde o equilíbrio de poderes estabelecidos na República há algum tempo foi cooptado pela alta cúpula do judiciário e a pressão popular através dessas manifestações podem ser o ponto de inflexão frente a tantas injustiças cometidas, cuja a inversão de valores está mais do que claro, pois enquanto uma cidadã é condenada a 17 anos sem o devido processo legal por pintar de batom um símbolo da justiça, traficantes e políticos corruptos gozam de livre trânsito para o cometimento de crimes.
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