O governo federal enfrenta desafios para equilibrar as contas das estatais, e os Correios são um dos principais fatores desse desequilíbrio. De acordo com dados do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), a estatal acumulou um déficit de R$ 3,2 bilhões em 2024, o que representa metade do saldo negativo de R$ 6,3 bilhões registrado entre 20 empresas públicas.
O impacto financeiro dos Correios tem chamado a atenção da equipe econômica, que busca alternativas para reverter a situação. Segundo a secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do MGI, Elisa Leonel, a crise da empresa exige medidas urgentes para garantir sua sustentabilidade financeira.
A secretária apontou que os Correios sofreram perdas expressivas nos últimos anos, em parte devido à redução de investimentos e encerramento de contratos. Além disso, a inclusão da estatal no Plano Nacional de Desestatização durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afetou suas receitas, agravando o cenário.
Diante desse quadro, o governo estuda estratégias para recuperar o equilíbrio financeiro da empresa, analisando possíveis fontes de receita e ajustes operacionais. A situação reforça a necessidade de discutir o futuro dos Correios e seu papel no mercado postal brasileiro, que passa por transformações significativas com a digitalização e a concorrência privada.
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