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Oito meses após a enchente, caos logístico ainda assombra o Rio Grande do Sul

A devastadora enchente de maio de 2024 continua a impactar severamente a infraestrutura de transporte no Estado, com dezenas de bloqueios em rodovias e complicações nos canais de navegação.

Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores tragédias climáticas de sua história, resultando em danos significativos à infraestrutura de transporte. Atualmente, oito meses após o desastre, o Estado ainda lida com 41 pontos de bloqueio em suas rodovias, sendo nove interrupções totais, todas em estradas estaduais, e 32 bloqueios parciais em rodovias federais e estaduais. As regiões mais afetadas incluem a Serra, a Região Central e os vales, especialmente o do Taquari.

A Fruki, uma tradicional indústria de bebidas localizada em Lajeado, no Vale do Taquari, exemplifica os desafios logísticos enfrentados pelas empresas locais. A fábrica, situada próxima às pontes destruídas sobre os rios Forqueta (RS-130) e Taquari (BR-386), enfrenta dificuldades diárias para manter suas operações e atender aos centros de distribuição no Estado e em Santa Catarina.

De acordo com o governo estadual, a enchente danificou aproximadamente 13,7 mil quilômetros de estradas, incluindo 5.288 quilômetros de rodovias federais e 8.434 quilômetros de vias estaduais, além de afetar 14 pontes. As autoridades estimam que a recuperação completa da malha rodoviária levará pelo menos dois anos.

Além dos problemas nas rodovias, os canais navegáveis também sofreram com o assoreamento, contribuindo para recentes incidentes de encalhe de embarcações. Esses obstáculos logísticos continuam a prejudicar o transporte de mercadorias e a economia do Estado, destacando a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e medidas preventivas para evitar futuras catástrofes.

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